Entrevistas

Para estreiar o nosso quadro de entrevista fizemos uma entrevista exclusiva com a Gabriela Electra a cover da Beyoncé, ela nos contou como é a vida de um cover e quais obstáculos chegou a enfrentar, confira: 

Você já tem 6 anos de cover. Como surgiu essa ideia?
       Gabi: Na verdade foi em um festival que o meu amigo organizou e falou “Meu faz um cover de JLO que eu não tenho...”. Já tinha outra menina que ele chamou pra fazer Beyoncé e eu já gostava de Beyoncé, Destiny’s Child, etc. E quando faltava umas 3 semanas pro evento ele me ligou “Gabi a menina que ia fazer Beyoncé não vai fazer mais, eu sei que você gosta, você não quer fazer, porque eu anunciei que ia ter Beyoncé e tem fã que vai vir só pra ver”. Eu não era muito parecida na época, mas topei, na época eu fiz o figurino de “Upgrade U” do “Experience Live”, e nesse dia eu fiz JLO e Beyoncé, a galera gostou bastante e disse que eu fazia muito bem e que deveria fazer cover só de Beyoncé, ai depois disso eu não parei mais.

É difícil encontrar uma peruca parecida com a da Beyoncé?
      Gabi: super difícil, essa que eu uso agora é sintética, ela é importada, tive que trazer de fora porque antes eu fazia com o meu cabelo, mas ele é muito fino e depois que eu tingi de loiro meu cabelo ficou acabado, eu já tentei algumas perucas nacionais, mas elas não tem uma qualidade tão boa igual às de fora, a dificuldade maior é achar o tom, as vezes eu acho o tom mas não é no modelo que eu quero ou tem a o modelo que eu quero mais o tom não é igual.

Dá muito trabalho fazer a replica de um figurino?
       Gabi: Dão trabalho e custo, 90% das coisas que eu faço de Cover eu tiro do meu bolso, o dinheiro que a gente ganha nos shows não dá para bancar o figurino, talvez se tivesse dinheiro não daria tanto trabalho, porque quando você tem dinheiro pra pagar você acha um bom profissional, paga e não tem trabalho nenhum, mas é muito mais difícil porque as vezes a gente acha o profissional que vai fazer o mais parecido possível só que é muito caro, já teve muitos figurinos que nós fomos atrás dos tecidos e dá para o costureiro fazer a não ser o figurino do Revel que é uma coisa muito complicada eu não tinha condições de estar reproduzindo sozinha ou uma costureira simples, então eu paguei uma costureira especialista em dança do ventre e o novo figurino da “Mrs Carter Show” eu também pedi para ela fazer porque eu gostei do trabalho anterior

Qual foi a coreografia mais difícil para você pegar?
       Gabi: Eu acho que “Single Ladies”, ela não é difícil, mas ela é detalhada e com os mínimos detalhes, no começo a coreografia era de uma forma, eu antigamente dançava a versão do clipe, ai conforme ela ia fazendo show eu percebia que a coreografia era diferente do clipe, então eu tentava representar o mais parecido possível.

Quais as maiores dificuldades que você já enfrentou nesse tempo de cover?
       Gabi: Nós sempre tivemos dificuldades, é difícil porque nós temos que pegar as coreografias, muitas vezes de final de semana a gente deixa que curtir a família de ir a uma festa porque tem ensaio, tem as pessoas que criticam, chegamos a dançar no chão, eventos onde não tinha o som, passamos fome até assaltados já fomos.

Você já recebeu o reconhecimento de algum artista?
       Gabi: Sim, uma vez eu fiz uma apresentação no programa da Fernanda Young e o Cauã Reymond me elogiou muito, ele adorou o meu trabalho

Na sua página do Soundcloud tem algumas músicas suas. Você pretende seguir uma carreira independente ou ficar só no cover?
       Gabi: O cover eu faço muito pelo fato de que eu gosto bastante, de vez em quando rola um dinheiro, mas não é uma coisa que dá pra mim viver disso, até mesmo porque viver baseado em outro artista é complicado, eu mantenho até hoje porque eu gosto muito da Beyoncé, e é uma forma de demonstrar o amor que eu tenho por ela, mas pretendo continuar com esse negócio de música, porque a música é uma coisa forte na minha vida, sempre fui em baladas Black, conheci bastante gente do Rap, e ai um amigo meu começou a me incentivar. A minha ideia futuramente não é ficar com Beyoncé eu pretendo parar um dia e seguir uma coisa minha fazendo Rap, mas eu vou fazer isso quando um estiver vingando mais, enquanto estiver dando certo Beyoncé eu continuo, se eu ver que o Rap da dando certo eu sigo nesses projetos pessoais.

Fazer Beyoncé me ajudou muito, a ter presença de palco o que me ajuda bastante quando eu faço as minhas apresentações como Gabriela, porque já é um costume, eu perco a vergonha, eu digo que o trabalho de cover de Beyoncé indiretamente me ajudou muito, e vai me ajudar bem mais no futuro

As suas músicas são todas compostas por você?
       Gabi: Sim, são todas autorias minhas, porque geralmente Rap é a sua realidade, não igual a um cantor sertanejo que alguém fez a letra e você só canta, o legal do artista é isso, você senta faz um beat e escreve a letra, o Rap é uma coisa bem elaborada.

Qual a sua relação com as outras covers?
       Gabi: Então, eu conheço a Tamires pessoalmente, inclusive ela estava no meu último show, um amor de pessoa, a Fran eu não conheço pessoalmente, mas eu gosto bastante do trabalho dela, pelo que eu sei ela tem pouco tempo de cover, eu acho o trabalho dela perfeito e eu não tenho problema nenhum com elas, não tenho o porquê também, eu acho que tem espaço pra todo mundo e quanto mais, melhor.

Você já foi parada na rua por alguém que viu seu show?
       Gabi: Já, inclusive eu tenho muita vergonha disso, uma vez eu estava indo comprar tecido, e ai eu estava na loja e o menino disse que me conhecia de algum lugar, até ai tudo bem porque eu já apareci em TV e tudo mais, e ele perguntou se eu não fazia cover de Beyoncé, e eu afirmei e ele disse que viu meu show na virada cultural do ano passado, e também depois desse mesmo show da virada tinha uma mexicana e tinha visto o nosso show e ela me parabenizou pelo show.

Qual apresentação mais te marcou como cover?
       Gabi: Foi com as dançarinas da Beyoncé (risos), eu fui chamada para uma festa, os organizadores já me conheciam e quando a Beyoncé veio pro Brasil eles iam fazer uma home party com os dançarinos dela, eles chamaram a gente pra fazer uma apresentação e quando eu cheguei a Kimberly Gipson já estava lá dançando. No momento que estávamos nos apresentando o palco era minúsculo, os dançarinos estavam na parte de cima do camarote e eles desceram para ver mais de perto, quando de repente eles estavam na frente do palco o Khasan estava gravando e ai a Kimmie e a Ashley Seldon subiram no palco e começaram a dançar com a gente, ai eu não sabia o que fazer e pensei “eu não vou descer do salto” e ai continuei fingindo que era Beyoncé elas dançando comigo, foi o momento mais marcante porque querendo ou não é um reconhecimento e é trabalhoso, você se mata pra pegar a coreografia o mais parecido possível, é trejeitos, é uma coisa desgastante, tem que gostar.

Se você pudesse escolher uma música da Beyoncé para ser a sua trilha sonora qual seria?
       Gabi: Nossa difícil, bom eu gosto de dançar bastante “Upgrade U”, até mesmo porque eu gosto muito de Black Music, de Rap então essa música me remete muito, mas em questão de trilha sonora eu acho que “Broken Hearted Girl” pelo fato de que no show do Brasil quando ela veio era a minha música favorita do álbum, e eu lembro que quando ela cantou essa música eu chorava de tal maneira. E eu acho também que a letra é bem tocante.

"Eu quero agradecer pelo convite, eu gosto muito dos fãs, sou muito amiga deles porque eu também sou fã, agradeço pela oportunidade de falar um pouco sobre o que eu faço, de explicar para as pessoas como eu trabalho e eu quero mandar um beijão para os fãs, Beyhive sempre!" 

Confira algumas fotos da atual turnê da Gabi a "The Mrs. Carter Show Cover Tour"







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